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Dicas sobre qual embarcação comprar.

  Remei pela primeira vez em uma canoa de madeira. Havia muitas infiltrações, e a todo momento era necessário retirar água de dentro do bote. Faltavam-me equilíbrio e experiência no remo, mas navegar explorando locais inacessíveis tornava o momento mágico. 

  Confesso gostar muito de pescar em barranco, contudo, na modalidade embarcada navegando a beira de margens com florestas preservadas, conseguimos visualizar a natureza com todo o seu esplendor.



  Embarquei muitas vezes  de carona, até bater a vontade de comprar o próprio barco. Surgiu daí dúvidas cruciais relacionadas a qual modelo comprar, qual o motor mais indicado e como efetuar o transporte, entre outros questionamentos.
     
   Existem modelos variados de botes e  muita discussão técnica sobre o assunto. Vou resumir de acordo com a minha experiência pessoal. Considerando a possibilidade de comprar uma embarcação apenas, para uso de três pescadores, o ideal seria um casco de 5 metros, com borda alta, boca máxima entre 1,30 a 1,40; e pontal de 0,52 a 0,56, com viveiro, porta documentos e bateria. Na configuração de 6 metros o espaço melhora bastante e discordo daqueles que sustentam ficar prejudicados nas manobras. Se tiver espaço na garagem, penso ser o melhor negócio.
   O motor de popa trabalha de acordo com a carga a ser transportada e o formato do barco. O de 15 HP, é coringa, pois é mais leve e serve para utilizar na maioria das embarcações disponíveis para locação e no caso de ter que tirar todos os dias da popa, esta seria a escolha mais acertada. No motor de 25 HP, pra mais, a sua coluna vai reclamar se tiver que tirá-lo a todo o momento. A diferença entre ambos é como comparar um carro 1.0 e 1.6. Sem carga ambos trabalham de forma parecida, mas basta uma ladeira e carro cheio para sentir a diferença.

   Por falta de verba para para carretinha e falta de espaço na garagem me influenciaram pegar  um bote de 3 (três)  metros. Fiquei com receio de levá-lo no bagageiro, mas vi algumas imagens na internet e me animei. Providenciei as barras para fixar nas longarinas da saudosa Quantum e transportei-o por mais de 500 Km via  Bandeirantes/Anhanguera. Não tive qualquer problema e tudo ocorreu bem.
     
   Fui experimentá-lo num lago particular cheio de Tucunarés e gostei. A facilidade no transporte e a possibilidade de utilizar apenas motor elétrico são pontos favoráveis.
  
     O erro foi arriscar pescar com ele no Rio  Grande e se não fosse o alerta de um amigo pescador que nos interpelou perguntando: Vocês sabem nadar? Respondemos: um pouco! Ele advertiu: É bom que saibam nadar igual peixe; está vindo uma tempestade e vai virar esse barco. Com o alerta remamos até a margem e ficamos em segurança.


   Concluindo: botes pequenos são interessantes para lagoas, grotas e locais abrigados com poucas marolas, servindo bem duas pessoas e pouca tralha.



Um abraço e boas pescarias sempre!

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